QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE

de Antonietta Molinari, imc

QUARESMA tem a ver com o número 40. Número simbólico que, na Bíblia, é usado para indicar um tempo de preparação a um grande evento: o Povo de Deus, por 40 anos, peregrinou no deserto antes de entrar na terra prometida. Jesus, antes de iniciar sua missão, ficou no deserto 40 dias e 40 noite. A quaresma, 40 dias antes da Pascoa é o tempo de preparação ao maior evento cristão: a passagem de Jesus, da morte para a Ressurreição.  A palavra chave da quaresma é CONVERSÃO.

Somos convidadas (os) a olhar dentro de nós e tomar consciência de quem somos e como agimos. Quais são as qualidades, os talentos que temos e, às vezes, estão enterrados. É hora de cavar, tirar o que sepultamos e colocar a render em favor do Reino. A conversão exige também tomar consciência do mal que está em nós. Ele existe, embora nós não o queiramos e, se não for identificado e orientado, pode se tornar dentro de nós “como animal acuado que te espreita” (Deus a Caim em Gen 3,7 ) e que pode fugir do nosso controle.

Conversão pessoal, mas também comunitária, eclesial e social. A mudança deve ser feita a todos os níveis.

“Arrependei-vos e credes no Evangelho” (Mc 1,15) é o que ouvimos, na quarta-feira de cinzas.

A Campanha da Fraternidade, que completa 60 anos é, dentro da Quaresma, uma iniciativa, que a Igreja no Brasil propõe aos cristãos, com o objetivo de realizarmos ações que levem à conversão no âmbitos pessoal, comunitário e social.   Durante estes 60 anos a CF abordou muitos temas de grande importância: saúde, educação, desigualdade social etc.

A Campanha da Fraternidade deste ano, inspirada à Encíclica “Fratelli tutti”, nos convida a alargar o nosso horizonte, “alargar a tenda” (Is 54,27), a amar não só quem pertence ao nosso meio, mas a todo ser humano, ultrapassando as barreiras da geografia e do espaço (Fratelli tutti). É um convite a formar uma mentalidade de abertura ao outro, da aceitação e respeito do diferente, do encontro e do diálogo, pois “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8) reza o lema da CF.

Somos solicitados a nos esforçar para uma mudança que transforme as relações a nível comunitário e social buscando a construção de uma sociedade fraterna, justa, solidária, amiga.

O tema AMIZADE SOCIAL é de grande atualidade e urgência. Hoje vivemos numa sociedade violenta, com vários conflitos que fazem pensar a uma terceira guerra mundial, capaz de destruir a humanidade. Uma sociedade dividida que transforma o adversário em inimigo e, que, portanto justifica sua eliminação. Uma sociedade desigual e excludente: a distância entre ricos e pobres aumenta sempre mais e quem não produz é marginalizado.

O texto base da CF nos alerta que tudo isso nos leva a crer que nossa sociedade padece de “alterofobia”, ou seja medo, rejeição, aversão a tudo aquilo que é outro, tudo o que não sou eu mesmo…É preciso revigorar a consciência de que somos uma única família humana….Somos convidados a combater a alterofobia, ou síndrome de Caim, esta pandemia sócio-cultural que mata mais do covid. (CF pg35-37). O cartaz nos indica o melhor caminho para vencer a alterofobia. Ao redor de uma mesa, com alimento que nos remete à Eucaristia, são convocadas pessoas diferentes, por gênero, raça, idade, condição social e física e também com diferentes responsabilidades. Destaca-se a figura do Papa mostrando, com a bengala, sua fragilidade física e trazendo  no peito a cruz, como a de Dom Elder Camara, significando a profecia do Papa Francisco. A presença de um cachorro é convite à amizade  com toda a criação. Uma casa com duas janelas, portanto não fechada mas aberta ao mundo.

Agradecemos a CNBB por conduzir a Igreja no Brasil nos caminhos da Profecia e que a Quaresma deste anos nos ajude a criar amizade com todos:  AMIZADE SOCIAL.

QUARESMA tem a ver com o número 40. Número simbólico que, na Bíblia, é usado para indicar um tempo de preparação a um grande evento: o Povo de Deus, por 40 anos, peregrinou no deserto antes de entrar na terra prometida. Jesus, antes de iniciar sua missão, ficou no deserto 40 dias e 40 noite. A quaresma, 40 dias antes da Pascoa é o tempo de preparação ao maior evento cristão: a passagem de Jesus, da morte para a Ressurreição.  A palavra chave da quaresma é CONVERSÃO.

Somos convidadas (os) a olhar dentro de nós e tomar consciência de quem somos e como agimos. Quais são as qualidades, os talentos que temos e, às vezes, estão enterrados. É hora de cavar, tirar o que sepultamos e colocar a render em favor do Reino. A conversão exige também tomar consciência do mal que está em nós. Ele existe, embora nós não o queiramos e, se não for identificado e orientado, pode se tornar dentro de nós “como animal acuado que te espreita” (Deus a Caim em Gen 3,7 ) e que pode fugir do nosso controle.

Conversão pessoal, mas também comunitária, eclesial e social. A mudança deve ser feita a todos os níveis.

“Arrependei-vos e credes no Evangelho” (Mc 1,15) é o que ouvimos, na quarta-feira de cinzas.

A Campanha da Fraternidade, que completa 60 anos é, dentro da Quaresma, uma iniciativa, que a Igreja no Brasil propõe aos cristãos, com o objetivo de realizarmos ações que levem à conversão no âmbitos pessoal, comunitário e social.   Durante estes 60 anos a CF abordou muitos temas de grande importância: saúde, educação, desigualdade social etc.

A Campanha da Fraternidade deste ano, inspirada à Encíclica “Fratelli tutti”, nos convida a alargar o nosso horizonte, “alargar a tenda” (Is 54,27), a amar não só quem pertence ao nosso meio, mas a todo ser humano, ultrapassando as barreiras da geografia e do espaço (Fratelli tutti). É um convite a formar uma mentalidade de abertura ao outro, da aceitação e respeito do diferente, do encontro e do diálogo, pois “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8) reza o lema da CF.

Somos solicitados a nos esforçar para uma mudança que transforme as relações a nível comunitário e social buscando a construção de uma sociedade fraterna, justa, solidária, amiga.

O tema AMIZADE SOCIAL é de grande atualidade e urgência. Hoje vivemos numa sociedade violenta, com vários conflitos que fazem pensar a uma terceira guerra mundial, capaz de destruir a humanidade. Uma sociedade dividida que transforma o adversário em inimigo e, que, portanto justifica sua eliminação. Uma sociedade desigual e excludente: a distância entre ricos e pobres aumenta sempre mais e quem não produz é marginalizado.

O texto base da CF nos alerta que tudo isso nos leva a crer que nossa sociedade padece de “alterofobia”, ou seja medo, rejeição, aversão a tudo aquilo que é outro, tudo o que não sou eu mesmo…É preciso revigorar a consciência de que somos uma única família humana….Somos convidados a combater a alterofobia, ou síndrome de Caim, esta pandemia sócio-cultural que mata mais do covid. (CF pg35-37). O cartaz nos indica o melhor caminho para vencer a alterofobia. Ao redor de uma mesa, com alimento que nos remete à Eucaristia, são convocadas pessoas diferentes, por gênero, raça, idade, condição social e física e também com diferentes responsabilidades. Destaca-se a figura do Papa mostrando, com a bengala, sua fragilidade física e trazendo  no peito a cruz, como a de Dom Elder Camara, significando a profecia do Papa Francisco. A presença de um cachorro é convite à amizade  com toda a criação. Uma casa com duas janelas, portanto não fechada mas aberta ao mundo.

Agradecemos a CNBB por conduzir a Igreja no Brasil nos caminhos da Profecia e que a Quaresma deste anos nos ajude a criar amizade com todos:  AMIZADE SOCIAL.

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